O modo com o qual percebemos o mundo é um processo complexo,
que ocorre devido à possibilidade que temos de identificar estímulos e
responder corretamente a eles. Um estímulo é identificado através de um sistema
de percepção que o codifica através de
um potencial de ação, que será enviado ao cérebro, onde será descodificado e
compreendido criando assim uma resposta adaptativa a este estímulo inicial. O
processo de descodificação do estímulo é chamada Integração Sensorial. A
interpretação destes estímulos é o que nos faz sentir calor, frio, dor, ouvir
sons, sentir o toque do outro, etc.
Quando há um erro na descodificação deste estímulo pelo cérebro
ocorre o que é chamado de Disfunção da Integração Sensorial, ou seja, o cérebro
cria uma reação hiper ou hiporeativa ao estímulo inicial. Isso quer dizer que a
criança responde de uma forma inesperada a um estímulo corriqueiro.
Crianças que apresentam este tipo de disfunção podem
apresentar sintomas como:
- Dificuldades de aprendizagem;
- Problemas da aquisição de movimentos;
- Disfunção de coordenação motora;
- Não responder a estímulos dolorosos;
- Pouca ou muita sensibilidade ao toque, ao movimento, aos
sons e gostos;
- Excesso de atividade ou lentidão;
- Atraso na fala;
- Baixo rendimento escolar;
Muitas vezes a dificuldade na integração sensorial pode ser confundida
com birra, como quando, por exemplo, a criança não gosta de ser tocada, é muito
sensível a sons altos, reage a presença de etiqueta nas roupas como se
estivessem sentindo dor, etc... Cabe ressaltar que muito embora esse tipo de disfunção
seja muito comum no Autismo, qualquer criança pode desenvolvê-la. Quando se
suspeita da Disfunção de Integração sensorial um terapeuta deve ser consultado,
a fim de que a criança seja avaliada, e inicie a Terapia de Integração Sensorial.