Definição
A Terapia
por contenção induzida é uma técnica desenvolvida pelo neurocientista
comportamental Edward Taub, e tem como
finalidade desenvolver, restabelecer ou aumentar o controle motor do membro
superior parético de pacientes que tenham sofrido algum tipo de lesão
encefálica. É uma técnica comportamental, baseia-se no conceito do desuso
aprendido e no de reorganização uso dependente.
“O "desuso aprendido" é definido como o uso diminuído da
extremidade afetada em relação ao potencial motor que o indivíduo possui.
Após uma lesão cerebral, o indivíduo que apresenta dificuldade no uso do membro
afetado aprenderá rapidamente a utilizar estratégias compensatórias, fazendo
uso apenas da extremidade não-afetada. Assim, a falta de uso espontâneo
do membro afetado pode não decorrer essencialmente de danos estruturais ou
impossibilidade de realização de movimentos funcionais, mas de mecanismos
comportamentais originados de tentativas fracassadas de uso da extremidade
afetada e conseqüente frustração12. O segundo mecanismo que fundamenta a TMIR, o
fenômeno de reorganização uso-dependente, tem sido evidenciado por estudos
recentes, que descrevem aumentos significativos das áreas de representação
cortical de segmentos corporais submetidos a treinamento intensivo.”(1)
Prática Clínica
da Técnica
O tempo de intervenção proposta pela Terapia por Contenção
Induzida (TCI) varia de terapeuta para terapeuta, e de caso para caso, mas
geralmente dura algumas semanas (de duas a seis), onde será utilizado algum
material que imobilize o membro superior não afetado durante 90% do tempo em vigília,
e no treinamento intensivo do membro afetado por algumas horas (de quatro a
seis), através da realização das atividades da vida diária e de exercícios específicos
, com o acompanhamento de um terapeuta que auxilie o paciente na realização de
movimentos que ele tem dificuldade. No Brasil a técnica pode ser aplicada por
fisioterapeutas ou por terapeutas ocupacionais . Na literatura internacional, os protocolos tradicionais da
TMIR têm apresentado resultados significativos em termos de ganhos na funcionalidade
do membro superior parético em pacientes crônicos (1). O uso da técnica de contenção mostrou-se mais eficaz do que a terapia ocupacional convencional, em pacientes que sofreram traumatismo cranioencefálico(4).
Enfoque Clínico
A técnica pode ser usada em crianças, adultos ou idosos com
diagnóstico médico de paralisia cerebral, traumatismo cranioencefálico ou
acidente vascular cerebral, que possuam diagnóstico funcional de hemiparesia.
Bibliografia:
1- VAZ, Daniela Virgínia et al. Terapia de
movimento induzido pela restrição na hemiplegia: um estudo de caso único. Fisioter. Pesqui. [online]. 2008, vol.15, n.3 [cited
2013-12-26], pp. 298-303 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502008000300014&lng=en&nrm=iso>.
ISSN 1809-2950. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502008000300014.
2- SILVA, Lidiane de Araújo et al. Terapia por contensão induzida: revisão de ensaios
clínicos. <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502010000100015&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em: 26/12/2013
3- Naki IK, Rodrigues TA, Andrade TS, Esotico
APCA, Heyn D, Imamura M, et al. Acidente vascular encefálico agudo:
reabilitação. Acta Fisiátr. 2012;19(2):60-65
4 -Almeida TLT, Falkenburg L, Nascimento RZR, Reis
CA, Sales VC, Pedroso TD, et al. Traumatismo
Obs: As imagens foram retiradas do Google.
AJUDOU MUITO, GRATIDÃO.
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